Quarta, 17 Fevereiro 2010 16:22

Mensagem de 14 de Janeiro de 2004

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Queridos e amados filhos!

Com grande sabedoria e humildade, vamos hoje colocar os nossos corações nas mãos de Jesus e fazer uma reflexão bela e grandiosa, que nos leva à salvação da alma: a caridade. É um dos dons mais especiais da vida de um cristão: ter caridade.

E hoje nós estamos aqui para agradecer a Deus, porque a caridade nos faz solidários. E nós também temos como reflexão este grande conteúdo: será que realmente você está sendo solidário com o seu irmão? Aqui dentro da Comunidade hoje, você está sendo verdadeiramente instrumento como Deus quer que você seja? O que você deseja na sua vida? Ganhar o Céu, ter paz, ver o Triunfo do meu Imaculado Coração, viver feliz. Eu tenho certeza que vocês desejam tudo isso, filhos, mas sem a caridade nada podereis alcançar, sem a caridade nada poderá ser mudado, porque a caridade é um dom muito importante na vida de todos nós, que somos a Igreja de Deus.

E dando continuidade a esta virtude, que é a caridade, nós nunca poderemos deixar de meditar também o conteúdo de ser solidário com o nosso irmão. Este é um conteúdo, realmente, que complementa a caridade, porque a caridade que mais vocês precisam ter aqui uns para com os outros é ser solidário para com o seu próximo, amando, respeitando, fazendo parte de um exército abençoado por Deus, guiado por Deus.

Hoje ninguém pode caminhar sozinho, ninguém, filhos! E nós precisamos da luz de Deus para caminhar. Por isso que nós estamos meditando sobre riquezas fundamentais para o crescimento desta Comunidade.

O primeiro tema da caridade é não limitar a amar. Quem ama não faz caridade apenas com a aparência, com os olhos; com o amor do mundo não se faz caridade. Mas quem ama com o amor de Deus é caridoso, vive a caridade. Porque hoje as pessoas confundem muito o amor de Deus com o amor dos homens.

O amor dos homens é cheio de cobranças, limitações, exigências. O amor dos homens é mais uma comercialização do que uma doação. Então quem ama à base da matéria não se doa por completo.

Quem ama conforme o mandamento deixado por Jesus - “Amai a Deus acima de todas as coisas” - vive este conteúdo, que é a caridade.

Então o que a Comunidade precisa refletir é sobre isso. Será que aqui dentro desta Comunidade você é caridoso com todos, ou se limita apenas a alguns? Porque o tema hoje é o amor, mas o amor de Deus, que não é o amor do capricho, que não é o amor da comercialização, mas que é o amor da doação, da verdadeira caridade.

Hoje, por exemplo, o mundo não ama diante deste conteúdo verdadeiro. Nem as famílias hoje são alicerçadas no verdadeiro amor. Vão mais pela aparência, pelo que possui. Ninguém pára para refletir: eu amo com o amor de Deus? Primeiro mandamento: amor a Deus verdadeiramente. E quem vive este primeiro consegue viver todos os demais. Por isso nós podemos refletir que o mundo ama muito pouco conforme o amor de Deus, porque o homem hoje vive desobediente aos mandamentos. Quem vive o primeiro, consegue viver todos; quem não vive o primeiro, não terá como viver jamais os outros.

Então o primeiro tema da nossa reflexão é muito sério, porque a Comunidade está aqui para fazer um retiro espiritual e, mais do que palavras, é ação, é um conjunto, é exercer bem este trabalho que o Céu está pedindo, porque não adianta você entrar aqui dentro desta capela, refletir durante uma semana temas belíssimos, e não viver isso no seu dia a dia com os seus irmãos. Nada adianta! Porque Deus sabe perfeitamente quem ama com o amor de Deus e quem ama apenas com a aparência. O primeiro enganado é este que ama com aparência, é o primeiro enganado! Porque ele está enganando a si próprio. Deus é muito verdadeiro e Ele não nos deixa jamais enganar, quando nós amamos com o Seu amor e agimos com a Sua caridade. Hoje, por exemplo, no mundo, há grande falta é deste amor de Deus. As pessoas governam mal porque não têm amor, amam por interesse.

Então nós temos que refletir sobre este tema. É muito importante! Amar pela aparência, amar apenas aquele que faz tudo para te agradar, não é suficiente. O amor mais difícil é como Jesus Cristo fez: dar a vida pelos Seus irmãos que condenavam-No à morte. Isto é amor verdadeiro, meus filhos!

Então aqui hoje nós temos que refletir muito claro sobre isso, porque hoje são dois temas fundamentais: a caridade, que se complementa com o conteúdo mais nobre do mundo, que é ser solidário com o seu irmão nesta caminhada com Jesus.

Então eu quero que vocês reflitam sobre isto: até onde eu sei amar com o amor de Deus? Porque isto é uma caridade para mim mesmo, para a minha alma. Dar de comer a quem tem fome é uma caridade, mas dar de comer a mim, que vivo faminto da luz, do amor, do perdão, da oração, do trabalho, que é uma obra viva da ação do Divino Espírito Santo em nós, a inteligência, então, até onde eu sei amar consciente, sendo solidário, verdadeiro, sendo eficaz e eficiente? Porque Deus nos deu a maior prova de amor: o Seu próprio Filho. E hoje Ele nos pede muito pouco, mas mesmo este muito pouco, o homem vive muito pouco.

Então eu quero que vocês façam esta reflexão, filhos, porque o principal conteúdo de uma reflexão, de um retiro espiritual em família é mudar. A gente tem que estar sempre com a certeza de que tem que haver mudança, porque só com a aparência ninguém consegue ser o que Deus quer, ninguém! A gente tem que ser muito mais do que aparentemente, a gente tem que ser espiritualmente.

Então hoje nós temos aqui este conteúdo de alerta: eu amo verdadeiramente? Sou solidário verdadeiramente? Tenho a caridade em minha vida, profunda, eficaz ou limitada? Porque quando você se limita a orar, qual é o primeiro prejudicado? Você mesmo! Você vai vendo que a sua vida vai ficando vazia, o demônio zomba de você, faz de você coisas terríveis. Às vezes você está ali, com aquela carne vistosa, mas com a alma vazia, pequena. Então quando você deixa de orar, o primeiro prejudicado é você mesmo. Você vai ver as conseqüências porque elas vêm. Quando você deixa de viver a caridade aqui dentro do Vale, que é uma Comunidade construída por Deus, o primeiro prejudicado é você mesmo. O inimigo zomba da sua língua, coloca veneno ardente sobre ela, você julga todos, critica todos, persegue todos, falta de caridade com você mesmo! Por quê? Porque aquele que você lança veneno sobre ele, às vezes está lá em seu momento de oração, mesmo com o seu defeito no silêncio, e o inimigo está usando de você: da sua língua, dos seus olhos, dos seus ouvidos. Então, falta de caridade com você mesmo!

Quando você, numa comunidade, que você sabe que você está aqui com o compromisso de lutar pela paz no mundo, por um mundo melhor, pelo Triunfo do meu Imaculado Coração, que você deixa de corresponder ao que Deus pede aqui com o seu trabalho - porque é claro que a cada um Deus dá um dom, e você tem que saber usar este dom, a cada um Deus dá uma virtude, e você tem que saber usar esta virtude - então o primeiro que sofre é você, porque você sabe perfeitamente que você está diante de uma obra cujo conteúdo fundamental é a caridade, e que você não está tendo caridade com você mesmo. Por quê? Porque enquanto o tempo está passando, aquele que participa de uma forma verdadeira, está plantando a salvação, e você, com o seu comodismo, pode estar levando-te à condenação, porque é uma realidade, meus filhos! Muitas criaturas, mesmo em lugares de oração, são completamente levadas pela condenação, pelo comodismo, pela preguiça, pela falta de oração, de trabalho...

Então a caridade inclui muito no conteúdo de nossa obra. Para quem que nós vamos fazer a caridade? Para nós mesmos! Quem vai ser o privilegiado com a caridade feita? Você mesmo! Então é um dom muito importante para vocês saber reconhecer o conteúdo da comunidade, da humildade, da caridade, e crescer e multiplicar. Por quê? Porque não adianta estar aqui presente apenas pela aparência. A aparência é o de menos, o que de menos precisa é a aparência, o que de menos precisa é você entrar aqui dentro desta capela. Talvez se você estivesse lá fora, mas com o seu coração aqui dentro, valeria muito mais do que você com os pés aqui dentro e o coração lá fora. Porque o que Deus quer de você é a autenticidade, a transparência, a dignidade, a verdade, a verdadeira obra do amor. É como Jesus disse, se se baseia no amor dos olhos, que é um amor caprichoso, um amor que se limita, um amor que exige - eu vou amar a quem realmente é bom para mim – isso não é fundamento, é interesse! E o demônio, ele sempre quer que o homem procure se deixar levar por este vazio, o qual as pessoas acham que é amor e, na verdade, é um vazio. Porque o amor é tão bonito na nossa vida, que o amor não consiste em amar apenas, mas em ser amado.

Por exemplo, quando nós estamos aqui presentes, nós vemos o quanto que nós somos amados por Deus. Então o amor é aquilo que nós podemos dizer: “É dando que se recebe.” Mas Jesus quer o verdadeiro amor. Ele não quer o amor pelo interesse, Ele não quer o amor pela aparência, Ele não quer o amor comodista, limitado; Ele quer o amor transparente, verdadeiro, fiel, o amor que, mesmo no sofrimento, você abra os olhos e diga: “Eu amo!” Que mesmo na dor, você abra os olhos e diga: “Eu amo”, como Jesus fez com o mundo, e faz até os dias de hoje.

Então nós temos que refletir muito sobre isso, porque muitas vezes vocês se deixam arrastar pela aparência. Isto é falta de caridade. E principalmente numa Comunidade como Deus quer que vocês sejam, filhos, vocês não podem se dividir entre grupos, vocês têm que ser um. É por isso que é preciso que haja bastante este amor verdadeiro, este amor que, quando entrar na sua alma, faz a verdadeira lapidação e edificação do seu espírito, te faz feliz. É como a vida de todos aqueles que foram santos: o amor deles era maior do que todo sofrimento, e sofreram muito!

Nós devemos pedir a Deus este amor que nos leva à verdadeira caridade, devemos ser criaturas que lutam, sempre voltadas à verdadeira caridade, para que nós tenhamos responsabilidade em fazer algo para a nossa própria salvação. Pare e reflita sobre isto: você precisa salvar é a sua alma. Às vezes você se preocupa tanto com a alma do seu irmão e esquece da sua alma. E Jesus disse bem claramente: “Cada um é responsável pela sua salvação.”

Esta caridade que nós estamos refletindo hoje é sobre isto, a caridade conosco mesmo; com a sua salvação, em amar verdadeiramente, em lutar pelas coisas do Céu, em abrir a porta do seu coração, em ser verdadeiro, em participar. Hoje Jesus fala para nós que a caridade que mais precisa numa família é a participação, não só nos momentos de orações, como também no trabalho.

Então faça essa reflexão e procure verdadeiramente buscar em Deus uma vida abençoada.

Com amor eu vou dar-lhes a minha bênção!

Neste momento Nossa Senhora abençoa a todos os presentes enquanto cantam: dai-nos a bênção...

Queridos e amados filhos!

Eu lhes abençoei com grande amor! Fiquei muito feliz com a união de vocês, com este momento de fé.

Hoje nós refletimos aqui dois conteúdos maravilhosos: a caridade, que é um conteúdo sublime para nossa vida, para o nosso crescimento, para nos conduzir ao amor de Deus, que é diferente do nosso amor que apenas exige, cobra, limita; Jesus quer o amor de doação, sem limitações, sem você excluir ou julgar alguém que esteja à sua frente, caminhando junto com você, que esteja ao seu lado. É o amor mais bonito que há, o amor de Deus, que Jesus nos pediu tanto e que Deus deixou tão claro, o primeiro mandamento: “Amai a Deus acima de todas as coisas.” É este amor que nós devemos ter. Aqui nós não devemos pensar no amor ao irmão, e sim no amor a Deus. Quem ama a Deus ama o seu irmão, e não se limita a amar.

Tivemos também o conteúdo que nós meditamos, que é a solidariedade: ser solidário, como ser solidário, como agir nesta grandeza de ser pelo irmão. A palavra já diz tudo, ser solidário é estender a mão.

Será que você aqui na Comunidade estende a sua mão, agindo pela caridade, ou apenas você quer estender a sua mão para quem lhe estende também a mão. Porque o que divide uma família, o que divide o mundo inteiro é que as pessoas só querem dar as mãos a quem realmente elas querem, e não a quem realmente precisa.

Olhe no Brasil, quem tem pão, recebe cada dia mais pão. E quem tem fome, recebe cada dia mais fome. É isto que a gente deve refletir: será que eu estou dando a minha mão pela caridade, sendo solidário com quem precisa ou apenas com aquela criatura que nem tanto precisa, mas que meu interesse é humano, não divino. Porque uma comunidade que vive o humano em primeiro lugar, não cresce. É a mesma coisa de uma família. O matrimônio que se alicerça humanamente pela carne, morre! Porque tudo na vida tem que ser constituído pela graça de Deus. Por isso que os sacramentos são muito sérios, e hoje a humanidade brinca muito com o que é sério e santo.

Então a gente deve refletir sobre isso, porque Deus dá tudo para nós, para que essa Comunidade seja farta, na caridade, que é um conteúdo belíssimo e, diante da caridade, possamos ser solidários uns para com os outros, que é o complemento do dom que é a caridade.

Por isso que eu deixo com vocês aqui o meu Coração, e levo comigo o coração de todos vocês!

A todos os que me ofertaram lindas flores, eu dou o meu Coração. E que todos vocês permaneçam sobre a bênção do Pai, do Filho e do Divino Espírito Santo!

Agora eu vou, o Senhor me chama, e eis aqui a Serva de Deus!

Última modificação em Segunda, 21 Outubro 2013 14:20
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