Sexta-feira da Paixão
Queridos filhos!
Hoje é um dia santo, de uma meditação lindíssima, profunda, grandiosa, porque Jesus nos ama e nos quer fortes na missão, fortes na luta, fortes na entrega. Porque estamos vivenciando um tempo de batalhas, de sofrimentos, mas, também, de misericórdia; do amor grandioso, infinito, misericordioso de Deus para com todos os filhos.
Hoje é um dia de jejum e de adoração. E nesta Sexta-feira Santa a nossa adoração é o silêncio; a nossa adoração é a meditação. Meditarmos de uma forma belíssima sobre as atitudes - os atos, as ações.
Eu queria tanto que o mundo vivesse essa Sexta-feira Santa, porque eu sei o que significa para o mundo a Sexta-feira Santa. Eu sei o que significa para humanidade a morte de Jesus na cruz, a entrega de Jesus àquele calvário. Eu sei o quanto o mundo precisa ter amor e respeito a essa cruz.
O homem vive em tempos de sofrimento – muito sofrimento. Hoje, eu olhei para o meu Filho Jesus, e Lhe fiz um pedido. Pedi para Ele ajudar vocês neste momento de grande batalha, do grande sofrimento. Porque sozinhos vocês são fracos, com Jesus vocês são fortes.
O sofrimento chegou à Terra. Não vai chegar; chegou! Já chegou a grande batalha e o tempo da justiça. O tempo em que vocês precisam segurar nas mãos de Deus; essas Mãos Santas sustentarão o mundo.
Mas, agora, temos que aprender com Jesus, principalmente nesta Sexta-feira Santa - que é uma meditação belíssima – como vencer o calvário, como suportar o calvário. É isso que temos que aprender com Jesus.
E Jesus nos deu uma lição de amor. Que o calvário se vence com amor.
Quando você olhar para a humanidade - para o Brasil, para a face da Terra - ame mais! É tempo de amar. É tempo de viver o amor, de respirar esse amor. Há muito ódio no coração do homem, que precisa ser curado, libertado, exorcizado.
A grande lição de Jesus na cruz é o amor! O amor pela família, o amor pela humanidade, o amor pelos irmãos...
Jesus teve alegria ao carregar a cruz por amor, porque Ele estava carregando o mundo no seu coração. Ele sentia o peso dos pecados da humanidade em sua matéria ferida, machucada, mas Ele nos deu a honra de ter um coração puro.
Por isso, nós temos uma oração belíssima que foi ensinada aqui, neste Vale da Misericórdia: a oração em que nós suplicamos ao Espírito Santo para aceitarmos a cruz. Pois antes mil vezes uma chaga sobre a carne: Jesus teve todas as chagas, todas as feridas sobre a carne, mas não tem a ferida na alma.
Então, Ele revela para nós que mil vezes a coroa de espinhos, antes mil vezes as feridas na carne do que uma ferida na alma. Essa realmente dói!
Essa oração, o mundo deveria orar com muita frequência durante esse tempo de batalhas. Porque o homem tem muito medo da ferida na carne, e não teme o que destrói a alma, aquilo que destrói a vida, a felicidade, a família, a comunidade, a fraternidade.
O demônio tem armado uma armadilha de destruição para a alma de vocês. Por isso, Jesus nos coloca diante dessa reflexão, desse calvário, nesta Sexta-feira Santa. Que uma ferida na carne pode doer – o sangue vivo – mas aquela que está na alma, que parece não doer, dói muito mais. Por isso, Ele derramou todo o seu Sangue.
E uma coisa belíssima para vocês que são devotos da Misericórdia e que hoje iniciarão a grande novena do triunfo, da vitória - que é a novena da misericórdia - é que o sangue e a água é a misericórdia! E de onde saiu esse sangue e essa água? Foi da Paixão, na morte de Jesus na cruz, quando Ele estava dando a vida para o mundo, a salvação para o mundo.
Então, a Paixão nos leva à Misericórdia, que nos traz a ressurreição. É uma coisa muito bonita, muito profunda!
Essa Sexta-feira Santa – se vocês refletirem sobre a atualidade do que estão vivendo, vocês se encharcarão de bênçãos para a vida de vocês. É a realidade! Vocês não estão vivendo um sonho, estão vivendo uma história, estão vivendo um acontecimento do momento presente. O momento presente da humanidade não é um momento bonito, não é um momento florido, é um momento de dor, de medo, de angústia! Tudo sofreu Jesus para não nos ver sofrer[1].
Na verdade, eu tenho certeza de que Jesus não quer o sofrimento para vocês. Ele quer a graça da felicidade plena na vida de vocês. Mas tudo que vocês estão passando hoje, filhos, é um tempo de acontecimentos. A Palavra se faz presença. E o tempo da justiça é um tempo em que a Palavra se faz presente.
O homem tem perdido a sua fé, tudo pode! Tem coisas na vida que vocês – para terem uma família feliz, uma família santa, uma família abençoada – precisam preservar. Vocês precisam cuidar, zelar e se proteger nesse tempo em que a humanidade desrespeita tanto as coisas sagradas, o próprio Filho de Deus, e não tem respeito a si mesma.
Essa Sexta-feira Santa, devido ao que vocês estão vivendo, o mundo deveria parar e fazer jejum, um ato de construção do milagre. Nós construímos o milagre através também dos momentos de penitência, dos momentos de reparação. Não é passar fome, é simplesmente ver que nós precisamos dar valor às coisas do Céu.
Essa Sexta-feira Santa deve ser o momento dos joelhos se dobrarem, porque o mundo está passando por uma dor, por um sofrimento amargo, visível, presente em muitas famílias. Há muitas famílias que estão se sentindo no calvário, se sentido desesperadas, sem uma palavra que possa lhes confortar – devido à situação do momento presente.
Mas é neste calvário que essas famílias encontram Jesus. É isso que vocês precisam entender. Em meio às batalhas nós temos que encontrar Jesus. Nós temos que nos encontrar com Jesus e, de uma forma bonita, clamar a Deus. Pedir mesmo! Como um homem que grita fortemente com o seu coração um clamor a Deus pela cura do mundo. Porque Jesus olhará além daquela ferida na carne. Ele olhará, também, onde vocês, muitas vezes, não olham: a ferida da alma. Ele vai ao encontro daquela alma ferida, tocar nessa alma ferida. Exorcizar essa alma ferida. Trazer a cura para essa alma ferida.
Então, essa Sexta-feira Santa é importantíssima. Estamos num tempo de oração, num tempo de acolhida a Deus. Nós estamos nos braços de Jesus nesta Sexta-feira Santa, estamos no Coração de Jesus e Ele está dando para nós tudo que nós precisamos; afastando-nos do medo e da insegurança.
Há muitos rumores no mundo, e homem, em meios aos rumores, está se esquecendo do silêncio de Jesus. Jesus não questionou o calvário. Ele amou o calvário, Ele amou a cruz. E por amor, Ele deu a vida plena ao mundo – à humanidade inteira.
Quanto mais você questionar o seu calvário, mais pesado será o seu calvário.
Quanto mais vocês questionarem o sofrimento presente, das pandemias, das enfermidades, da falta do trabalho, mais vocês sofrerão.
Quanto mais vocês se entregarem e se colocarem no Coração de Jesus, mais o mundo será curado. Quem tem o total poder de curar o mundo é quem morreu pelo mundo, por cada um de vocês, Jesus Cristo. É Ele quem traz para o mundo a Ciência do Espírito Santo, quem traz para o mundo a fortaleza do Espírito Santo. Ele nos deu o batismo do Espírito Santo. E neste ano vocês estão se esquecendo do Espírito Santo. Vocês estão esquecendo que Ele é maior do que tudo isso que está acontecendo na Terra.
Jesus disse: “É o ano de São José." Mas a súplica é a quem? Ao Espírito Santo, que é Deus.
Eu peço a vocês que supliquem ao Espírito Santo a primeira coisa: afastar do mundo toda dor – a dor material, a dor temporal e a dor espiritual.
O homem, hoje, está vivendo os três tipos de dores: a dor corpo, a da alma e a do tempo. Então supliquem ao Espírito Santo por intermédio de São José. Ele é o grande intercessor neste ano dedicado a Ele – santo forte, obediente, sincero e verdadeiro.
O Espírito Santo é toda luz, filhos. Até a ciência terá uma resposta certa, quando o Espírito Santo iluminar. Ele já ilumina, mas vai iluminar profundamente. Por isso, vocês não precisam ter medo, vocês têm que ter fé. O medo é insegurança! A fé nos segura nas mãos de Deus. Sustenta-nos as mãos de Deus.
Sabe por que o homem tem medo de tudo? Porque ele sabe que os seus atos não correspondem àquilo que Deus quer. Ele está sempre falhando na obediência, na honestidade, na fraternidade, no amor à família, como instrumento vivo, missionário, como Igreja. Ele precisa ter a autenticidade. E quem pode nos dar? O Espírito Santo! Quem pode trazer para o mundo a luz é o Divino Espírito Santo!
Este é o clamor que o mundo precisa fazer ao Divino Espírito Santo e pedir a Jesus, hoje, nesta Sexta-feira Santa.
Eu tenho certeza que vocês estão aqui pela fé e pela confiança. São filhos que sabem vivenciar o plano de Deus, os acontecimentos celestiais na vida de vocês, porque somos de Deus!
A Terra é um lugar bonito, mas é uma passagem. Nós somos de Deus! E Deus quer uma vida belíssima para os seus filhos. Quem mais quer o bem de vocês é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por isso, Ele tem nos encharcado de misericórdia infinita. Estamos encharcados da misericórdia infinita do Céu e diante deste calvário Cristo nos carrega. Nós temos a honra de sermos carregados por Jesus, neste momento em que, sozinho, ninguém pode vencer.
Nós precisamos de Cristo e devemos segurar fortemente nas mãos de Cristo. Essas mãos nos sustentarão. São as mãos de Deus que nos sustentará. E o mundo vai vencer! Por mais que a poeira, a tempestade queira atrapalhar vocês, Deus é muito maior, filhos!
Chegará um momento de muitas bênçãos para a Terra. Teremos a graça de respirar a misericórdia e crer firmemente na ressurreição de Jesus. Teremos a honra de cultivar esse caminho bonito. “Preparai o caminho, o caminho do Senhor”. Teremos a honra de nesses tempos preparar, preparar o caminho. O Senhor – o Senhor! – está no meio de nós nos fortalecendo.
Por isso é tempo de oração, é tempo de prudência, é tempo de obediência. Cristo é obediência e nos ensina a ter obediência. Ensina que com a obediência podemos e devemos vencer toda batalha, este calvário e toda cruz: confiando plenamente que a dor da matéria não é a maior dor. A dor maior é a dor da alma, do coração. E mesmo essa dor sendo imensa, Jesus nos deu a graça da cura e do perdão.
O mundo precisa perdoar mais. A humanidade tem aprendido muito pouco com este tempo de sofrimento. As famílias não se perdoam; o homem não sabe perdoar.
Jesus, diante do que Ele é para nós nesta Sexta-feira Santa – o amor e o perdão – Ele amava e perdoava! Perdoava e amava! Caminhando para a morte Ele amou e perdoou infinitamente os corações. Inclusive Ele disse: “Pai, perdoai! Eles não sabem o que fazem!”.
Hoje eu peço a Jesus, também, esse perdão para o mundo. Por mais que a humanidade, hoje, tenha mais consciência do que faz, tantas vezes, parece de tal maneira enganada e comente tantos atos que não poderia cometer. Quantas coisas tristes acontecem no mundo, filhos. Quantas coisas tristes! Quanta maldade! Como o homem, filho de Deus, muitas vezes, se torna tão frio.
Jesus, quando amava e perdoava, Ele olhava esses corações. O mesmo Jesus faz conosco nesse tempo agora, que é um tempo de graça, um tempo maior, de misericórdia, em que vem para o mundo uma onda. Veio uma só onda e a humanidade já não está suportando. E quando vier mais ondas, ondas e ondas? Como a humanidade fará?
Então a humanidade precisa segurar fortemente nas mãos de Deus. Confiar piamente nas mãos de Deus. Porque a humanidade precisa estar preparada, preparada para passar por tudo isso e colher o grande Triunfo do meu Imaculado Coração. É isso que a humanidade precisa buscar e viver. Como Jesus na sua caminhada e no seu calvário trouxe para o mundo a grande vitória. E, hoje, nós estamos aqui para nos unirmos ao Coração de Jesus pedindo essa grande vitória.
A humanidade, pela oração do Santo Rosário, vencerá!
Será que o mundo está orando, filhos?
Será que o terço que está em minhas mãos brilha, por que o mundo ora, ou por que o mundo ainda não sabe orar como precisa?
Será que o homem tem tempo para tudo na vida e não tem um segundo da sua vida para colocar em Deus o seu pensamento e orar pedindo a Ele que afaste da Terra as pestes, fomes, guerra, misérias, pecados terríveis, que levam o homem ao mais amargo sofrimento?
Orem com mais confiança! Peçam com mais fé! Sejam mais fortes e cheios do Espírito Santo de Deus, que é força, que é coragem.
Eu tenho certeza que a luz brilhará no mundo! E essa luz vai curar o mundo, filhos! Eu já sinto essa cura sobre a face da Terra, principalmente nesta Sexta-feira Santa, em que eu, Maria, tive a graça de ter meu Filho morto nos braços e ser forte e honrar firmemente o nome do Senhor, pela força do Senhor em minha vida.
Vocês também se sentirão fortes para vencer essa grande batalha. Tenham fé e confiança, porque a salvação é o Senhor, é Jesus. Jesus é a nossa salvação! Jesus é o nosso Salvador.
Com grande carinho, eu quero dar-lhes a minha bênção.
Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos enquanto cantam: “Dai-nos a bênção...”
Queridos filhos!
Eu os abençoei com muito carinho. Quando eu os abençoava, agradecia a Jesus pelo tamanho amor que Ele tem pela humanidade; ao Pai e ao Espírito Santo por tamanha graça que é a Santíssima Trindade. A Santíssima Trindade está olhando para o Brasil e para o mundo inteiro, nesta Sexta-feira Santa, Paixão e Morte de Jesus. A vitória de Jesus.
A morte de Jesus nos traz a graça da vitória, da ressurreição. E é isso que o mundo precisa: ressurgir para graça de Deus. Ressuscitar, abrir os olhos da fé e caminhar sobre o caminho, que é o Cristo vivo no meio de nós. Nós temos o caminho, basta colocarmos os pés sobre este caminho – o caminho do amor, o caminho do perdão. É a grande reflexão desse nosso momento de oração.
Eu peço a Jesus que abençoe essas flores para cura e libertação dos doentes do corpo e da alma.
A todos vocês, eu desejo muita paz, uma tarde de silêncio, oração, cheia de fé, de amor, de agradecimento, de confiança e a certeza de que o Sangue que saiu do Coração de Jesus, de que a Água que saiu do Coração de Jesus, curará o mundo de todo o sofrimento do corpo, da alma e do tempo.
Eis aqui a Serva de Deus, Maria, a Imaculada Conceição, Mãe de Jesus, Mãe de Piedade.