Queridos filhos!

Hoje, neste domingo tão especial, estamos aqui reunidos e há uma grande alegria em nossos corações. Vocês que estão aqui reunidos para renovar ou para fazerem a consagração ao meu Coração Imaculado de Mãe, peçam sempre a Deus humildade, silêncio, paz e, principalmente, a força para seguirem adiante. Também vivenciamos, hoje, um ato maravilhoso de devoção à Senhora do Rosário.

Peço a vocês que sejam consoladores de Jesus.

Como consolar Jesus? A primeira riqueza para consolar Jesus é pedir um coração puro. Ninguém consola Jesus estando em vida de pecado. Consolamos Jesus quando buscamos uma vida de santidade. Principalmente vocês, filhos, são consoladores de Jesus quando buscam uma vida de santidade.

Mas ninguém alcança a santidade sem a cruz. Toda caminhada para construir a santidade é feita com cruz. Ninguém chega ao céu sem carregar a sua cruz. Ninguém deve ter medo da cruz, das provações, das batalhas.

Desde quando o Anjo anunciou-me, quantas batalhas vivenciamos! Quantas lutas! Quantas dificuldades! Mas Deus estava em primeiro lugar.

Quando você coloca Deus em primeiro lugar, o caminho se abre. Pense num caminho estreito... Esse caminho se abre, porque você colocou Deus em primeiro lugar na sua vida.

Uma das coisas mais importantes na vida dos filhos é a entrega e a confiança em Deus. É acreditar no plano de Deus.

Hoje nós temos uma missão linda e forte demais! Essa missão linda e forte os convida a orar e a fazer penitência.

O que é penitência para vocês? É um ato de consolo a Deus. É um ato de você refletir sobre as suas fragilidades humanas: o medo, a fome, a fraqueza da matéria. Busque, por meio da penitência, que é um ato de renúncia, ser forte, porque se você está diante de uma guerra, tem que ser um soldado. E diante da guerra em que hoje vocês estão, vocês têm que ser soldados de Jesus Cristo.

Você não pode ser um soldado qualquer! Você tem que ser um soldado de Jesus Cristo! Porque a batalha de vocês é forte demais!

Orar com a alma, com a vida, buscar estar em comunhão com Deus é para os filhos de oração – aqueles que têm uma vida de oração. Vida de oração é ter o amor, a caridade, a fraternidade.

Se você está cumprindo uma missão na Terra, você não a cumpre sozinho. Ninguém cumpre uma missão sozinho. Quem cumpre uma missão sozinho está sofrendo, porque Deus fez os filhos para que todos caminhassem juntos. Ele não fez filhos para que caminhassem separados, divididos. Se você tem uma missão, você tem um propósito: ser generoso. A alma que quer salvar almas, tem que ser generosa. Essa alma não é brutal! É doce, é sábia, é serena.

Hoje eu vejo aqui filhos que vieram ao colo da Mãe de Piedade; filhos que vieram trazer seus pedidos; filhos que estão em desespero; filhos que estão atravessando o vale da dor, das lágrimas e das doenças. Vejo filhos pelo vale da dor, das lágrimas e das tristezas profundas; pelo vale da dor, das lágrimas e, muitas vezes, da falta de abrigo, do pão e do alicerce familiar, que é o principal: a família.

Eu sinto que Jesus está aqui para nos cobrir com a sua misericórdia. Podemos ver Jesus nos tocar. Eu sinto Jesus na brisa mansa. Ele está em nós e, de certa forma, é visível. Ele quer se fazer presente em nossas vidas. Ele quer mudar as nossas vidas, as nossas atitudes. Ele quer nos deixar prontos para a grande batalha.

Estamos enfrentando uma tempestade e muitos já estão desmoronando. E quando vier a grande tribulação? Como a humanidade se sustentará? Só pela vida de oração.

Quando vocês se consagram, a coisa mais importante é a oração. Sem oração, ninguém se consagra a Deus. Sem oração, ninguém realiza o plano e a vontade de Deus. Quando você é consagrado, você se dedica e de uma forma tão sublime, porque Jesus quer algo maior do que nós pensamos. Jesus quer a doçura, a suavidade, a ternura, a simplicidade da nossa alma e do nosso coração, e o serviço missionário.

A missão é grande demais e os operários são poucos, diante dessa messe que precisa tanto de amor, de carinho, da palavra, do diálogo, do respeito e do aprofundamento na espiritualidade. Hoje os operários são pouquíssimos! Pouquíssimos são aqueles que trajam as vestes do amor e da paz. Há muita violência num mundo em que deveria fluir a paz.

Quando Jesus olha para nós, diz claramente: “Eu quero viver em você”. Pense na importância da paz que Jesus quer nos dar. Ele quer viver em nós; Cristo é a nossa paz.

Hoje faço um pedido muito especial para vocês: preparem os seus corações. Preparem os seus corações para que vocês sejam consoladores de Jesus, para que vocês sejam servos fiéis.

O tempo está passando muito rápido, filhos, e a humanidade ainda não acendeu a chama da fé. Estamos num tempo maior, da preparação para a grande homenagem. A grande homenagem ao nascimento do Menino Jesus, porque o Menino Jesus nasceu, o Menino Jesus cresceu e o Menino Jesus morreu por você.

Hoje vemos que a ressurreição nos trouxe Cristo Misericordioso e a transformação. Porque depois d’Ele ter lavado o mundo com o seu Sangue, o mundo ainda caminha e perece sobre as trevas do sofrimento. Então, Jesus vem e nos dá a fonte de salvação, sobre a qual vocês falam em palavras fortes: “A última tábua da salvação.” Essa é a misericórdia de Deus que está jorrando sobre o mundo.

Mas vocês precisam ser mais silenciosos. O mundo vive num barulho interior, num barulho da mente e ninguém deixa Deus falar. Primeiro fala o orgulho, o egoísmo e o ego – a vontade humana – e vocês se esquecem de deixar a vontade de Deus acontecer em suas vidas. Vocês precisam ouvir a voz de Deus.

Você clama, neste ano dedicado a São José: “Glorioso São José, valei-me, socorrei-me nos momentos de dor, de vazio da forte tribulação”, e em seguida você pede ao Espírito Santo: “Vinde iluminar!” Que coisa linda! “Vinde iluminar!” Porque vem a tribulação.

Que São José paciente e cheio de paz, acalme o coração; o seu coração, o coração da família, o coração da fraternidade.

Todos aqui são importantes para Deus. Cada um, aqui, é um tijolinho vivo da obra de Deus. Ninguém é maior, ninguém é menor; ninguém é mais importante ou menos importante. Todos são, para Deus, filhos especiais; muito especiais!

Deus nos coloca no centro da graça e traz para nós o brilho dessa graça. Para que, ao caminharmos, filhos, – eu, Maria e vocês, os filhos – tenhamos a graça de dizer que somos servos e de, com alegria, fazermos a vontade de Deus. Mesmo que a vontade de Deus seja a cruz, mesmo que a vontade de Deus seja a luta, mesmo que a vontade de Deus seja a batalha, estejamos preparados para fazer a vontade de Deus.

Então, meditem! Vocês que estão aqui renovando essa consagração tão forte e profunda. Essa consagração, na verdade, é um ato de consolo a Jesus por intermédio do Coração da Mãe de Jesus e dos filhos que eu amo tanto, que são todos vocês.

Consolem Jesus! É tempo de luta, é tempo de lutar! A fé não pode se apagar, a fé tem que ser viva!

Quando você estiver na presença de Deus, você deve estar de coração. Você tem todas as horas do seu dia para o diálogo, para as alegrias, para os momentos de trabalho, mas quando você estiver na presença de Deus, dedique-se à presença de Deus. Não perca tempo! Dedique-se à graça, converse com Deus, abra o seu coração e coloque nas mãos do Pai, todas as suas batalhas, todas as suas angústias, todos os seus sofrimentos. Coloque nas mãos do Pai o seu vazio, a dor que está deixando você vazio...

Muitas vezes, você anda desanimado. Quando falam das coisas de Deus você está com preguiça, principalmente de orar. Mas quem se consagra a Deus não pode ser preguiçoso na vivência da espiritualidade. Tem que ser um trabalhador! Um cultivador da messe do Senhor! Um operário que tem a alegria de dizer: “Eu creio, eu oro e confio e peço a Deus perdão por aquele não crê, que não ora e que não confia.” Isto é um ato de quem é consagrado, de quem valoriza as vestes do batismo na própria vida.

Muitas vezes, quando vocês começam a caminhar e fazem esse ato de consagração, vocês pensam que não darão conta de chegar até o que Deus quer de vocês. Isso é o inimigo tentando enfraquecê-los. Quem caminha com Deus, chega e chega sempre muito forte. As crianças estão numa caminhada da infância em que têm ainda o brilho da pureza. Mas os jovens, principalmente, quando adentram seus caminhos, encontram tudo, menos o caminho da pureza, da pureza na juventude, de uma juventude saudável e santa.

Quem coloca a sua vida nas mãos de Deus pega o Santo Rosário e ora. Ora mesmo! Conversa com Deus e faz da sua vida uma obra de amor em tudo o que se faz; mesmo nos momentos de alegria ou de festividades. Porque o jovem tem sempre momentos de festividades. Ele é jovem! Ele é feliz! Ele é abençoado por Deus! Ele é a fonte de um mundo novo, de um mundo renovado. É dele que virá a esperança de uma boa semente familiar, de uma vocação sacerdotal ou religiosa. Não há dúvidas de que o jovem é muito especial.

É muito importante a consagração dos jovens, porque eles têm um desafio hoje: vencer as armadilhas do demônio. E essas armadilhas estão em toda parte, até mesmo dentro das próprias famílias. Então, Deus sempre fortalecerá vocês. Assim, como as crianças que têm uma confiança belíssima, uma fé forte e grande amor a Jesus Misericordioso. Caminhem de mãos dadas e devotamente.

Hoje vocês fizeram uma linda homenagem, uma festa em honra ao maior título do meu Imaculado Coração, que é “Nossa Senhora do Rosário”. Sou a Mãe do Santo Rosário, Maria, que traz o terço em mãos, e a Mãe que ensina os filhos a orar esse Santo Terço e a Mãe que diz claramente: do Santo Terço virá o Triunfo do meu Imaculado Coração à Terra.

Então, vocês estão diante de uma imensa festividade para o meu Coração, para essa comunidade, para esta cidade feliz, para o Brasil, que precisa ser feliz e abençoado, para todos os corações sedentos pela vida de oração.

Hoje vocês estão aqui, também, para fazer o ato de consagração, ou para renovar sua consagração, colocando-se aos pés de Jesus como uma alma confortadora e consoladora do Coração do Filho de Deus; que nasceu, morreu, ressuscitou e hoje é Fonte de Misericórdia para o mundo.

Neste momento eu quero abençoar vocês, as suas devoções aos Anjos da Guarda, aos Santos, as devoções a todos os meus títulos como Mensageira da Graça, do Amor e da Paz. A todos aqueles que também voltam os olhos à Mãe e Senhora Menina, que Deus abençoe vocês imensamente.

Com muito carinho, com todo o meu amor de Mãe, Mãe do Santo Rosário, Mãe de Piedade, eu quero dar-lhes a minha bênção.

Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos enquanto cantam: “Dai-nos a bênção...”

            Queridos filhos!

Eu os abençoei com tanto amor e carinho. Com esse ato de consagração, eu peço que vocês amem mais a cruz de vocês. Que cada um ame a sua cruz. Pense: qual é sua cruz?

Feche seus olhos e veja a sua cruz nesse momento. Não me refiro à cruz de madeira, mas à cruz do sofrimento.

É uma doença, a sua cruz? É melhor ter mil vezes uma chaga sobre a carne do que uma chaga sobre a alma.

Sua cruz é a enfermidade? Agradeça a Deus e peça a Ele que restaure as suas forças, que o cure – que o cure e liberte de todo este mal.

A sua cruz é a sua missão, que é pesada? Agradeça a Deus. Ninguém chegará ao céu sem carregar essa cruz. Essa cruz missionária! Essa cruz da missão! Nós somos servos de Deus! É isso que é importante. Nós servimos a Deus.

Sua cruz é uma tristeza profunda? Peça a Jesus a libertação, porque essa cruz, sim, ela dói. É a cruz do sofrimento espiritual, da dor maior! Peça a Jesus que o liberte dessa cruz, porque você não precisa desse sofrimento, seu coração deve estar em paz e cheio de paz.

Não importa qual seja a sua cruz: primeiramente, agradeça a Deus por ela. E logo em seguida, peça a Ele força para você seguir. Nunca deixe essa cruz pelo caminho. Toda cruz que você abandona tem seu peso dobrado depois sobre seus ombros. Não abandone a sua cruz. Deus está com vocês, filhos!

É por isso, que eu estou aqui de corpo e alma, pedindo a Jesus para abençoar essas flores para cura e libertação de vocês.

Desejo-lhes muita paz! Sejam fiéis a Jesus, porque Jesus é fiel a vocês.

Parabenizo aos aniversariantes: que vocês recebam o perfume da paz.

Eis aqui a Serva de Deus, Maria, a Mãe de Deus, e eis que o Senhor me chama.