Queridos filhos!
Como é grande a nossa alegria nesse domingo de bênçãos e de agradecimentos a Deus. É sempre importante e preciso agradecer a Deus. Hoje vocês estão aqui para isso, para agradecer a Deus por este ano tão abençoado, mesmo diante das batalhas.
É preciso entender que nas horas mais difíceis da vida, nos anos mais difíceis, Jesus está sempre conosco nos presenteando com a sua infinita bondade, compaixão e redenção.
Neste ano Jesus nos presenteou com a alegria e a proteção de São José. Foi um ano de muitas bênçãos, de muitas graças. Um ano de batalhas também. E no Natal Jesus nos fez acender a chama da fraternidade, para viver em fraternidade, para sermos realmente felizes em participar desta Fraternidade; do amor, da comunhão; em participar dessa obra viva da ação do Divino Espírito Santo. No decorrer deste ano, Ele nos iluminou e nos ilumina para que tenhamos mais discernimento e possamos combater todas as maldades do demônio – as ciladas do demônio – como a inveja, o ego, o orgulho, aquela vontade de estar sempre em primeiro plano, em primeiro lugar.
Devemos sempre nos abaixar na presença do Senhor, ajoelhar na presença do Senhor, abaixar nossos olhos diante da infinitude da presença do Senhor.
Sabemos que Jesus, mesmo sendo o Rei dos reis, nasceu, cresceu e morreu; e hoje vive a vitória na simplicidade.
Ser bom evangelizador é dar testemunho dessa humildade de Jesus. Ninguém é bom evangelizador sem humildade e sem simplicidade na alma.
Quando Deus o coloca a serviço da obra, você está a serviço do amor. Quando alguém vai até a presença de Deus, se aproxima de Jesus no Santíssimo Sacramento em adoração é uma alma sedenta de uma graça. Muitos se prostram ali, diante de Jesus, sem forças, fracos, perdidos, sem ânimo, tristes... Eles vêm para encontrar em Jesus a graça: a graça da força, a graça da fé, a graça da evangelização. E eles sempre encontram em alguém. Sempre há alguém para servir Jesus. Sempre há um pai, uma mãe, ou uma criança que, às vezes, na sua inocência dá um sorriso e consegue transmitir Deus para aquela criatura que está ali arrasada diante do seu sofrimento interno – principalmente, diante do interno. Ou um jovem que, às vezes, com uma palavra ou um gesto levanta aquele outro jovem, o pai ou a mãe, que entra ali na Casa de Deus precisando da graça Divina.
Assim é a missão de todos nós: servir Cristo, levando Cristo até aqueles que precisam. Deus nos colocou aqui para essa obra belíssima, essa obra fraterna.
A fraternidade será a salvação do mundo. Chegará um dia em que quem não for fraterno não superará os obstáculos no mundo, porque o homem cairá numa indiferença, numa individualidade tão grande que a fraternidade será um dos pontos fundamentais de apoio para humanidade, onde será resgatada a presença de Deus, principalmente na vida da família cristã, que somos todos nós, família de Deus.
São José foi o presente que Jesus nos deu, da mesma forma que Jesus coloca dentro da Igreja alguém para ser um presente para aquela criatura que está, ali, sofrida. São José foi o presente desta fraternidade. São José honrou e está honrando com muita alegria esta fraternidade, dando o carinho e a proteção que ela precisa.
Vocês estão sempre pedindo: “São José, valei-me!”.
Existem sempre desafios na missão de vocês: desafios de convivência, desafios de humildade, desafios de desapego, desafios de entrega, desafios de aceitar as coisas certas. Muitas vezes, vocês acham que o certo é aquilo que está em desordem. São José era muito dedicado. Algo que a comunidade aprendeu durante este ano é ser dedicada e a ser uma comunidade que proteja, em todos os sentidos, a fraternidade; para que tudo venha pela graça: seja o pão, seja o amor, seja todos os conteúdos que Jesus quer para essa família.
São José foi o grande protetor que nos fez organizar muitas coisas, porque ele era determinado naquilo que fazia, determinado na adoração a Jesus, no trabalho, na fidelidade a Deus, na responsabilidade e no compromisso de zelar.
E vocês receberam de presente a fortaleza de Sant’Ana e São Joaquim, que são a força da família. Os avós são a força da família. E, hoje, eles estão esquecidos pela família, como se estivessem perdidos no tempo. Muitos não têm paciência, não têm carinho e não têm amor para com os avós. E vocês receberam essa proteção. A comunidade precisa desse carinho. A comunidade, hoje, está voltada ao zelo pelos idosos, ao zelo pelos avós. E vocês receberam de São José esse presente. Pode ter certeza que foi São José que guiou essa graça para vocês, ele fez esse pedido ao Céu e vocês receberam essa graça.
Na caminhada, vocês sempre encontraram algo simbólico, como nos ensinou Jesus na noite de preparação para o dia de Natal, que o Natal é muito mais que um símbolo, o Natal é a presença de Deus, é a presença do amor.
A presença que vocês têm aqui dos Arcanjos, de São José, de São Joaquim e de Sant’Ana é mais do que simbólica. Os símbolos são apenas para lembrar a presença de Deus, a presença dos Anjos, a presença dos Santos, mas há essa presença viva dos Anjos, dos Santos, que nos acompanha e nos protege.
Estamos aqui cumprindo o plano de Deus. A nossa missão aqui não é uma missão qualquer. Deus trouxe cada flor deste jardim de um canto do Brasil, de um canto desta Terra e disse: “Você fará parte de uma obra fraterna”; e trouxe você; trouxe aqueles que têm alegria de estar na comunidade, que fazem parte desta comunidade, confraternizando, orando. E isso é o presente de Deus para vocês.
A Fraternidade é uma família que se pode encontrar em todas as partes da Terra. Em todas as partes da Terra você pode encontrar um pouquinho dessa fraternidade que ora, dessa fraternidade que comunga a presença de Jesus. A família maior é a Santa Igreja, que nos quer fraternos, quer que vivamos Cristo como Cristo é; Cristo amigo, Cristo dos pobres, Cristo daqueles que são terrivelmente maltratados, condenados e abandonados. Cristo defende a vida porque Ele a ama. Por isso, Ele morreu para nos dar a grande proteção, que é a salvação, que é a vida eterna.
A Terra é uma passagem. Daqui a um tempo vocês olharão para esse jardim e não encontrarão mais aqueles que estavam do seu lado. Quantos de vocês já vivem essa experiência, por causa de um irmão, de uma mãe, de um pai, ou de um filho que você abraçava e hoje não está mais aqui na Terra, já está junto da Graça, em um lugar muito maior do que a Terra.
Deus está sempre nos aperfeiçoando, nos lapidando, nos dando a brisa mansa; essa paz interior. Ele nos coloca a serviço do amor, da missão e da fraternidade. Mesmo que vocês tenham que conviver com aqueles que ainda não acenderam a chama da fé. É triste quando você está numa caminhada e muitos não acenderam a chama, ainda estão nas trevas.
É tão bonito você estar num lugar de graças, viver a graça, dar graças e valorizar a graça. E o mais importante é respeitar a graça, porque ela é santa demais.
Por isso, Jesus nos disse que não podemos e nem devemos pisar no sagrado, porque o sagrado é bonito demais! E o mais importante é que Jesus nos fez sagrados. Aos olhos do Pai, todos nós somos sagrados: os filhos, as mães, os pais, os jovens, as crianças.
Temos muito o que aprender na vida e nessa missão. No decorrer do tempo, nada vai mudar se o homem não mudar. Nada vai mudar! Virá a pior peste, virá a guerra, a dor e a miséria se o homem não buscar uma vida digna. O homem é o único responsável nessa terra pela paz ou pelo sofrimento. Se o homem não mudar, nada muda! Se o homem muda, tudo se transforma.
Por isso, Deus está pedindo essa transformação. Não adianta combater o mal com o mal. Nós combatemos o mal com a oração. Maior bem! O maior bem do mundo é a oração.
Quando você pega o seu Santo Rosário você pode estar triste que você se acalma; pode estar nervoso, estar na dor ou no desespero que você se acalma.
Combatemos o mal com a oração! Não com julgamentos, não com perseguições, não com críticas nem com medo. Combatemos o mal com a mais linda, bela e grandiosa virtude da vida, que é a oração.
O homem virtuoso é aquele que pega o seu Santo Terço e tem a alegria de orar.
Algo que acontece muito no coração dos avós: eles estão sempre ali orando e pedindo a Deus pela família. Por isso, você tem essa proteção viva, essa proteção bonita de alguém que zela pela família que Deus construiu e que Deus ama nesses tempos de batalha.
Estamos diante de uma batalha. Veja aqui, na comunidade, temos batalhas. Há muitos que não sabem onde estão e nem o que deveriam fazer num lugar tão importante como este.
Por isso, Jesus disse: “Muitos não sabem o que é o Natal. Muitos vivem o símbolo e não vivem a graça”.
Simbolicamente temos a visão do Menino Jesus. A graça é o Menino Deus. Ele é vivo, reina e é O alimento! Como muitos de vocês que, hoje, receberam a graça de serem Ministros da Santa Eucaristia, da Santa Comunhão. Isso é uma graça! Ser um instrumento de uma graça, ser mensageiro de uma graça, ser conteúdo de uma graça. Não importa se você é pai ou mãe: você é um instrumento de uma graça. Você é o zelador, cuidador, é o instrumento de uma graça. A profissão é um instrumento de graça. A profissão é uma graça que Deus usa para que você possa fazer o bem a alguém.
A maior graça nos reveste. Tudo o que fizerem façam por amor e não para aparecer ou demonstrar algo, porque Deus não precisa de demonstração. Deus precisa de uma obra viva. Ele precisa de homens sábios, homens humildes que levem a Palavra, que levem a Santa Comunhão a tantos corações sedentos de receber Jesus – tantos corações!
A alegria de quem tem fé é uma linda comunhão. Não existe alegria maior do que o homem de fé receber a maior alegria da sua vida, que é Jesus. Ter essa experiência e saber que Jesus está cuidando, que Jesus está zelando, que Jesus está vivendo e reinando na sua vida.
Desejo, nessa preparação para receber o novo ano, que vocês valorizem esse ano de graça que ainda estão vivendo e valorizem a presença de São José. O amor desse protetor, zelador e organizador da família. São José é um bom operário da família. Ele sabe colocar a família no na missão de batalha. Ele sabe ouvir a voz do alto no silêncio e na fé, na entrega e na confiança. Que vocês tenham essa fé e essa confiança para serem cada dia mais dignos de tantas graças que o Céu dá para vocês.
Se vocês ainda não têm aquele merecimento total e recebem tanto, pensem no dia em que vocês fizerem mais e mais, no quanto vocês receberão!
Por isso, Jesus disse que está preparando, aqui, o melhor vinho. Então, que vocês sejam dignos desse vinho bom. Nós já temos o Vinho Santo, mas Ele quer dar para nós, ainda algo de melhor e ainda maior. Que vocês sejam dignos dessa graça, que receberão quando vocês estiverem preparados para ela.
Com grande carinho, eu quero abençoar todos os filhos.
Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos enquanto cantam: “Dai-nos a bênção...”
Queridos filhos!
Eu os abençoei com muita alegria! Tantas bênçãos recebemos na Palavra de Deus! Tantas graças muitos de vocês receberam aqui e estão agradecidos. Os aniversariantes, aqueles que receberam a graça de serem instrumentos para levar a Santa Comunhão a tantos corações, que Deus os abençoe, os fortaleça e os façam mansos e humildes de coração, para brilharem na presença do Senhor. Nós precisamos brilhar! Como disse Jesus: precisamos ser a brisa suave e mansa em meios a tantas tempestades que hoje o mundo está vivendo e sofrendo.
Aqui na nossa Comunidade Fraterna não será diferente. Vocês estão na Terra, estão em meio às tempestades, ao sofrimento, às lutas e às batalhas. Vocês precisam de Jesus, precisam da brisa mansa, precisam ser curados, precisam querer a cura, precisam querer ser de Deus, ser leves e suaves, porque Jesus precisa de vocês, filhos, muitos mais do que possam imaginar. Vocês terão de trabalhar e trabalhar pela Messe do Senhor com alegria, com amor e fé. Por isso, eu desejo a vocês a paz. Que Cristo Jesus seja a paz de todos nós.
As flores que hoje vocês me ofertam, eu peço a Jesus que abençoe para cura e libertação de vocês; de todos vocês!
Eis aqui a Serva de Deus, a Mãe de Piedade, a Imaculada Conceição, e eis que o Senhor me chama.