Queridos filhos!
Quero desejar a todos vocês um momento de muita paz. Neste momento tão especial de alegria, de oração, de fé e de esperança, vamos renovar o compromisso de sermos fraternos, missionários e missionárias que amam verdadeiramente ser evangelizadores. Nesses tempos em que a humanidade inteira precisa tanto do perfume da evangelização, do perfume da presença de Deus – que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo – em nós, em nossas famílias, no coração de toda Santa Igreja, de todos os países da Terra, vamos pedir essencialmente pela paz, onde há guerra, onde há fome, onde há violência, e que haja verdadeiramente a solidariedade fraternal entre os homens.
Este é o ano da Fraternidade Missionária. É um ano de muita responsabilidade para levar a fraternidade e ser missionário fraterno. Essa é a missão de todos os filhos de Deus.
Nessa mensagem de preparação do tempo quaresmal, precisamos respirar o Espírito Santo, porque é o Espírito Santo que age em nós, que transforma os nossos corações para que sejamos instrumentos, ouvintes e viventes da vontade de Deus.
Nesta mensagem, faremos uma reflexão muito bonita. Eu, Maria, vou fazer essa reflexão bonita com todos os filhos. Jesus está fazendo um apelo urgente ao mundo: Tenham fé! O mundo precisa ter mais fé! O mundo não vencerá sem a presença da fé no coração da humanidade. É preciso reavivar, reacender essa chama bonita da fé!
Por isso que hoje vocês estão aqui neste Santuário dedicado à Maria, dedicado à família, para reavivar, para reacender essa chama viva da fé em seus corações.
Por que precisamos dessa fé? O que está acontecendo com a humanidade vivendo essa situação de dor no mundo, na Terra, no coração do homem, filho de Deus?
Por que o coração do homem hoje está desacelerado diante desse sofrimento e se acelera cada dia mais diante do sofrimento na alma, no espírito?
Por que o homem não pratica verdadeiramente os apelos do Céu? Por que o homem espera vir a dor, a guerra, a fome e a violência para acender a chama da fé? Essa fé bonita, essa fé verdadeira, essa que precisa fortalecer as nossas comunidades missionárias. Veio a dor da doença e o homem se esqueceu de acender essa luz.
Está presente na Terra “uma súplica de Deus pedindo a conversão, a volta do filho à casa do Pai.” Como na passagem belíssima do Evangelho, a qual Jesus vai ao encontro daquela ovelha perdida pelo caminho[1].
Quantas ovelhas que se perdem nesse caminho? Será que você não é uma dessas ovelhas? Pergunte ao Senhor! Será que você não é um desses filhos que se perdeu diante do brilho da fé? Esqueceu-se de dar brilho a sua grande existência, a sua grande capacidade de agir, de pensar, de construir.
O mundo hoje está sofrendo porque o homem não busca acender a chama da Santidade. A fé nos move a sermos santos.
Nesta semana da quaresma, vocês devem preparar bem o caminho – o caminho espiritual de vocês. Se não prepararem esse caminho não alcançarão a graça que está à frente de vocês: a Misericórdia de Deus. Então, preparem-se mais! Silenciem mais! Escutem mais a voz que vem do alto! Essa voz é Deus nos falando por meio da simplicidade dos seus ricos e sábios ensinamentos. Essa voz vem levantar o mundo que está sob as migalhas. O coração dos filhos de Deus e das famílias está partido. As crianças estão implorando pela paz! Quantos lugares no Brasil e no mundo há crianças chorando pela paz, pela paz em seus lares, porque há imensa discórdia.
A quaresma precisa ser vivida como aquele tempo maior! Como aquela preparação do Salvador. Hoje é real, o homem não tem uma fé viva! O homem não acredita no lindo mistério de Deus! O homem precisa acreditar na ressurreição, acreditar no Salvador, na salvação. O homem precisa pegar o seu rosário e acreditar nas continhas desse Santo Terço, que derruba o mal, que acorrenta o mal e que leva embora esse mal. Vocês estão percebendo, mas, muitas vezes, não querem ver que o mal está destruindo vocês, filhos. Não é a Terra, é o filho de Deus que está sendo destruído. A ganância é tanta que o filho destrói até o que Deus construiu para ele, que é a natureza bonita para se alegrar diante da face do Criador.
Será que você está vivendo como aquela ovelha que encanta o pastor, ou será que você está como aquela ovelha perdida, triste e fragilizada?
Vocês estão aqui, numa tarde tão grandiosa na presença de Deus – que está no meio de nós, e não estaríamos aqui se não fosse a vontade de Deus. Deus é o dono de cada um de nós. É Deus que nos ilumina. E, neste momento, somos iluminados pelo Espírito Santo, que é Deus, para vivermos o que Deus está pedindo a cada um de nós, que é acender a chama da fé com coragem. Não é acender de qualquer maneira, é com coragem!
O propósito de quem quer ser santo é o propósito da coragem! Porque a batalha será a maior de todas. É justamente você, que hoje está aqui presente cercado de medo e de incertezas, que precisa confiar que Jesus vai carregá-lo no colo nos momentos mais difíceis da sua vida. Nos momentos dos seus medos, das suas tristezas, nos momentos das suas lágrimas, Ele vai carregar você no colo e fortalecê-lo na fé.
Eu sinto que o mundo já está sendo carregado por Jesus, porque o sofrimento poderia ser muito maior, mediante a gravidade dos pecados da humanidade. O homem peca demais!
Por isso, quando estiver diante do Santíssimo Sacramento, numa experiência linda que ocorre quando você dobra os seus joelhos e se coloca diante de Deus, conseguirá sentir Jesus belíssimo o abençoando. E perceberá o quanto é pequeno e pecador; o quanto é fraco e pecador; o quanto é humano e pecador; mas o quanto Jesus ama esse pecador. Ele detesta o pecado, mas Ele ama o pecador. E, assim, sentirá verdadeiramente o milagre que é Jesus; não é qualquer milagre, é o milagre por inteiro!
Quando você, por exemplo, pede a Jesus uma cura, não importa qual seja a graça que deseja, a cura que quer alcançar, você sente que Jesus o cura, que tira e joga por terra aquele sofrimento que estava destruindo você. Então, diante de Jesus Sacramentado, diante de Jesus, você pode alcançar todos os milagres, basta ter fé.
Mas, a sua fé é pequena demais! Vocês poderiam alcançar muito mais! Vocês poderiam pedir muito mais. Às vezes, vocês passam perto d’Ele nem o conhecem, visitam-no nem o conhecem. Estão diante d’Ele nem o conhecem. A fé do mundo hoje precisaria ser muito maior. Vocês precisam mergulhar de corpo e alma no oceano da misericórdia de Deus.
Pensem num rio em que jorra a Água e o Sangue de Jesus, é neste rio de Água e Sangue Misericordioso que devem mergulhar e se afogar, se preciso, para se purificarem! Porque o pecado da humanidade é grande demais!
Jesus nos fala, a Palavra de Deus nos fala, os ensinamentos de Deus nos fala que o tempo da justiça de Deus será o tempo da colheita. O tempo em que não poderão ser mentirosos, mas deverão ser verdadeiros, porque irão colher aquilo que plantarem. Não poderão colher algo além do que plantarem. Quanto mais sofrimento colherem na Terra é sinal de que mais plantaram.
A religião é a maior fraternidade, porque o coração que ama Jesus Cristo e conhece a Igreja Viva fundada por Ele cresce na espiritualidade fraternal. Jesus nos fez para vivermos num mundo fraterno, não importa onde você esteja, não importa a língua que fale, mas que proclame a graça de Deus na sua vida.
O mundo não sabe proclamar a graça de Deus. Hoje as pessoas estão vivendo a matéria pequena, como se o mundo resumisse aqui. E a vida é muito maior do que isso.
O tempo passa, filhos! A criança cresce, o jovem envelhece. O tempo passa! A Terra é uma passagem. Mas o que Deus fez para vocês, Ele fez para que vivessem plenamente a eternidade, o céu. O desejo de Deus é uma Nova Terra, é um mundo novo, é um mundo de paz. Não é esse mundo de guerra, não é esse mundo de fome, não é esse mundo de injustiças, não é esse mundo de ganância, não é esse mundo de pestes, não é esse mundo de doenças.
Há uma grande quantidade de pessoas doentes no mundo... Como a carne está fraca! E o espírito, como está o espírito? Como você está diante da presença de Deus?
Eu gostaria que refletissem nesse domingo maior, num tempo maior, que é o tempo quaresmal, o tempo da quaresma, a seguinte pergunta: Como eu sou diante do meu Pastor? Porque é o ano em que Deus está lhes pedindo para serem fraternos, para fazerem algo ao próximo, a fim de que este mundo mereça a paz e o Triunfo do meu Imaculado Coração. O triunfo demora, mas não é por parte de Deus. É, sim, por parte dos filhos de Deus. A colheita desse triunfo depende dos filhos de Deus. Se esse triunfo não vem rapidamente é porque os filhos não o constroem, não vivem a fraternidade, não abraçam a fraternidade.
Vocês precisam abraçar a fraternidade, abraçar o amor de Deus em vocês – o amor de Cristo. Precisam levar a paz de Jesus e divulgar essa paz entre os homens.
Você, mesmo aqui no seu país, pode levar a paz aos países que estão em guerra, porque Deus ouve os apelos de seus filhos na Terra. Se todos suplicassem numa só voz, Jesus já estaria carregando-os em seus braços. Como Ele tem carregado neste momento aqueles países que mais estão sofrendo. Quanto maior é o seu sofrimento, maior é o colo de Deus na sua vida, maior é a misericórdia de Deus no seu coração.
Então, peçam a Deus essa graça. Vocês hoje foram os escolhidos para viverem esse momento de graça, para saborearem o maior alimento do mundo que é a Palavra de Deus e para serem dignos do maior tesouro do mundo, que é Jesus no meio de nós.
Se você não conhece a Palavra, não alimenta o seu coração com o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, não saberá conhecer o mistério maior que a Palavra nos faz compreender, para que realmente você possa dizer com suavidade e alegria: “Cristo vive em mim”.
Jesus está no meio de nós, filhos. Eu tenho certeza de que, hoje, nesta tarde, Jesus fará um milagre no mundo inteiro. Por isso, eu confio a Jesus o mundo, a humanidade, os pecadores, as ovelhas perdidas, os corações endurecidos como pedra, para que Jesus possa transformá-los pelo seu amor misericordioso em corações ricos de amor.
Com grande carinho, a Mãe de Deus abençoará os filhos de Deus.
Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos enquanto cantam: “Dai-nos a bênção...”
Queridos filhos!
Vamos estender essa bênção a todas as famílias do mundo inteiro. A família é a maior fraternidade do mundo. A fraternidade se inicia no coração de cada família. A missão das famílias é a construção do Triunfo do meu Imaculado Coração.
Quando Jesus pegou as necessidades de cada filho que está aqui presente e as colocou no seu Coração Misericordioso, Ele lhes pediu que mergulhassem e se afogassem no seu amor misericordioso. Porque o coração do homem hoje acelera para tudo, menos para Deus, menos para os ensinamentos do Céu. O homem espera tanto no mundo e espera tão pouco no Senhor. O homem acredita em tudo que diz respeito às palavras do mundo e não sabe viver a Palavra da Salvação, que é a Palavra de Deus.
Jesus também nos fala da grande demora. Por que o homem está demorando tanto para colher o triunfo? Porque o homem tem plantado pouco a confiança e a fé.
Deus tem o que é de mais bonito a lhes dar, mas é importante que vocês sejam humildes para receber e para aceitar que, na vida de vocês, seja feita a vontade de Deus. Tenham um coração que diga fortemente: “Desejo fazer a vontade de Deus”.
Quando eu os abençoava, também fiz um apelo a Jesus: que abençoasse as flores aqui presentes para cura e libertação dos doentes do corpo e da alma. E pedi que curasse todos os corações aqui, aqueles que estão ouvindo, neste momento, a voz de Deus que clama por fé, que clama por conversão, que clama a volta do filho perdido à casa do Pai.
Sintam-se verdadeiramente acolhidos pela graça de Deus, que ama vocês. E vivam realmente esse tempo de bênçãos. Esse tempo que vocês ainda têm, durante essa semana, para a conversão e a preparação para serem dignos de participar da maior festividade da fé: a da Ressurreição e da Misericórdia de Jesus por nós.
Desejo a vocês muita paz, filhos. Que todos sejam abençoados, os filhos que estão aqui presentes, as famílias e os aniversariantes de hoje.
O meu Coração ficará aqui com vocês e comigo levarei os seus corações.
Eis aqui a Serva de Deus, a Mãe de Piedade, e eis que Ele me chama.
[1] Referência ao Evangelho deste domingo: Lc 15, 1-3.11-32.