Cidade do Vaticano, (ZENIT. org). Terça-feira a Imprensa Oficial do Vaticano publicou um decreto da Congregação para o Culto Divino e os Sacramentos, cujo prefeito é o Cardeal Jorge Arturo Medina, que, seguindo instrução de João Paulo II, estabelece a festa da Divina Misericórdia a ser celebrada no Segundo Domingo da Páscoa. O nome oficial deste dia litúrgico será "Segundo Dia da Páscoa ou da Divina Misericórdia".
A devoção à Divina Misericórdia é um autêntico movimento espiritual dentro da Igreja Católica, promovida pela Irmã Faustina Kowalska, a quem o Papa canonizou no dia 30 de abril de 2000. O Papa escolheu aquele dia para anunciar a surpresa. "Em todo o mundo, o Segundo Domingo da Páscoa receberá o nome de Domingo da Divina Misericórdia, um convite perene ao mundo cristão para encarar, com confiança na divina benevolência, as dificuldades e provações que a humanidade enfrentará nos anos vindouros", explicou o Santo Padre naquela ocasião.
Entretanto, esta declaração não foi parte do pronunciamento preparado do Santo Padre, então não aparece na transcrição oficial de seu pronunciamento naquela canonização. A publicação deste decreto pela Congregação do Culto Divino serve para anunciar oficialmente à Igreja universal o desejo do Papa.
Faustina Kowalska, religiosa polonesa que morreu aos 33 anos em 1938, viveu uma experiência mística de consagração à Divina Misericórdia, uma jornada espiritual que inclui visões, revelações, e estigmas ocultos. Por sugestão de seu diretor espiritual, tudo foi registrado num diário. O centro de sua vida foi anunciar a Misericórdia de Deus para todo ser humano. Esta mensagem tocou os corações de muitas pessoas simples, mas também maravilhou teólogos, surpresos por encontrar nos escritos de uma freira humilde e pouco letrada tal extraordinária profundidade.
Os Apóstolos da Divina Misericórdia são um movimento inspirado pela experiência da freira polonesa. Ele reúne sacerdotes, religiosos e leigos, unidos em seu compromisso de viver a misericórdia com relação a seus irmãos e irmãs, fazendo conhecido o mistério da Divina Misericórdia, e invocando a misericórdia de Deus pelos pecadores. A família espiritual aprovada em 1996 pela Arquidiocese de Cracóvia, atualmente é encontrada em 29 países do mundo.
O decreto do Vaticano esclarece que a liturgia do Segundo Domingo da Páscoa e as leituras do Ofício Divino continuarão como estabelecidas no Missal de rito Romano.